quinta-feira, 28 de julho de 2016

Os sabores de Python: como usufruir

Bem, se ficou convencido de que o Python deve valer a pena, então agora deve estar a pensar "onde é que eu arranjo isto?", e as linhas seguintes servem para o elucidar.

Conforme já foi referido, pode descarregar o Python de www.python.org. Mas atenção: existem duas versões de Python em uso corrente, a versão 2.x e a versão 3.x. A versão 3 surgiu em 2008 como resultado de o seu autor querer arrumar e limpar uma série de pontas soltas no Python. Assim, a versão 3.x não apresenta compatibilidade completa com a versão 2.x, isto é, código escrito em Python 2.x pode não ser compatível com o Python 3.x. E qual deve usar? Bem, a menos que tenha já um motivo específico para escolher a versão 2.x, deve avançar para a versão 3.x, pois a grande maioria das bibliotecas entretanto desenvolvidas já são compatíveis com esta versão. Eu vou centrar-me na versão 3.x, e sempre que necessário aponto as diferenças entre esta e a 2.x.
Esta bipolaridade de versões implica que tenha em atenção qual é a versão em utilização num dado ambiente ou fonte de informação que esteja a usar/consultar, para garantir que não se sentirá frustrado se um dado código não funcionar no seu ambiente de Python.
Muito bem, agora que já decidiu qual a versão a usar, vamos ver como se instala a coisa. Quando for ao endereço www.python.org, vai ver algo do género:


Aqui tem que clicar em Downloads e escolher a versão pretendida (vou falar apenas em ambiente Windows, que é o que domino) e descarregar o ficheiro python-x.x.x.exe. Execute-o, e vai aparecer uma janela do género da seguinte:


Claro que irão existir pequenas diferenças, de acordo com a versão que escolheu (2.x ou 3.x, 32 ou 64 bit), mas para instalar escolha a opção "Install Now", para todos os utilizadores, e adicionando o Python à PATH. Deixe instalar... e já está: já tem o Python instalado!
Ok, e agora? Bem, e que tal experimentarmos uma primeira linha de Python, só para termos a certeza que está a funcionar? Para isso, existem duas maneiras de o fazer:
  • No Windows, em Start > Programas > Python X.x > Python X.x
  • Irá aparecer uma janela do género:
Alernativamente, experimente:
  • No Windows, em Start > Programas > Python X.x > IDLE (Python X.x)
  • Irá aparecer uma janela do género:
Qual delas usar? Aparentemente parecem iguais, mas existem diferenças: enquanto a primeira permite essencialmente usar o interpretador de Python, a segunda tem uma barra de comandos muito útil que permite trabalhar com programas e módulos, entre outras coisas. Esta última é o IDLE, acrónimo de Integrated Development and Learning Environment, ou seja, Ambiente Integrado de Desenvolvimento e Aprendizagem (embora nunca tenha visto o acrónimo AIDA...).
Assim, use a primeira se quiser experimentar um comando rápido ou uma série deles; use o IDLE para desenvolver programas mais completos com mais facilidade. Para já, vou assumir que estamos sempre a usar o IDLE. Mais tarde, veremos que existem outros ambientes de trabalho... e por agora é tudo!

terça-feira, 5 de julho de 2016

O que é o Python?

Olá.

Se está aqui, é porque já ouviu falar em Python. Se calhar, não sabe bem o que é e gostaria de saber, senão não estaria a ler isto. Então vamos lá.

Curiosamente, o Python é uma linguagem de programação bastante antiga, inventada no final de 1989 pelo holandês Guido van Rossum quando, alegadamente, "...não sabia muito bem o que fazer na semana de Natal...".
Mas se foi inventada há tanto tempo, porque é que agora anda a ser tão utilizada? Sim, está entre as linguagens mais usadas atualmente (Índice TIOBE)! Bem, existem vários motivos para isso:
  • É fácil de aprender: a sua sintaxe é bastante simples e de fácil leitura;
  • Pode ser interpretada ou compilada: ao contrário de linguagens como o Java ou o C, o Python tem um interpretador que permite inserção de comandos com resultado imediato; não é necessário escrever todo um programa, compilá-lo e só então ver onde estão os erros ou obter os resultados;
  • É portável: um programa escrito em Python pode ser utilizado em várias plataformas (Windows, Mac ou Linux) praticamente sem alterações;
  • É extensível e modular: com o advento das aplicações computacionais em larga escala (o Big Data, o Machine Learning, etc.), foram criadas e disponibilizadas publicamente bibliotecas próprias para lidar com estes problemas (NumPy, ScyPy, Pandas, etc...) que facilitam imenso o trabalho de tratamento e apresentação de dados; todas estas bibliotecas podem ser usadas como módulos que se acrescentam sem esforço ao nosso próprio código;
  • É gratuita e de código aberto: o interpretador/compilador de Python pode ser descarregado em www.python.org, e quem quiser pode contribuir para o seu desenvolvimento (daí todas as bibliotecas já existentes).
E, claro, a cereja no topo do bolo é o seu nome: foi inspirado nos Monty Python...

Muito bem, acho que isto chega como introdução, e espero que fique com vontade de saber mais! A próxima publicação vai explicar como instalar isto no seu computador.